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quarta-feira, 21 de maio de 2014

NÃO SOU NINGUEM

Quem sou eu, perguntei
Não sou nada, nem ninguém
Porque outra pessoa não serei
Nunca fui, nem serei alguém

À olhares que me torturam
Sem delicadeza, ou cuidado
Em silêncios me murmuram
Promessas que tinham jurado

Nesta confusão de sentidos
Tudo foge à minha volta
São ecos de amor perdidos
São sentimentos loucos à solta

Sentimentos, onde o passado aparece
Quando viajo pelas estradas
Tão tenebrosos, que o peito estremece
Tornando-me as noites agitadas

De facto, este já não sou eu
Vou desistindo em cada rima
Tudo o que gosto em mim morreu
É este o destino é a  esta minha sina
           

Quando alguém diz, vem por aqui
Eu olho-o com olhos lassos
Digo que não, não vou por aí
Vou para onde me levam os passos

Os que me entendem como eu
Conhecem bem as linhas que escrevo
Sabem que o que escrevo é meu
Escrevê-lo é o que lhes devo


Nada do que sou me interessa
Nada do que sou me pertence
Nem sequer que parta depressa
Não resisto, qualquer coisa me vence

Haverá alguém que possa salvar-me
Desta vida que está dentro de mim
Começo a pensar em matar-me
O medo de morrer está a chegar ao fim

               Dealer

Imagens e fotos extraídas do google

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