Se fores perguntar quem sou
Ninguém te saberá por certo dizer
Que pensamento à mente te aflorou
Quando lês os meus textos ao entardecer
Deita-te no teu leito, fecha os olhos
Imagina-te a viver como eu na solidão
Pois quem escreve saudade aos molhos
É esse que te traz no coração
Vivo perto de ti sem sequer saberes
Como doi ao ver-te este coração
Pois amo-te no mais profundo do meu ser
Mesmo sabendo que nunca vou viver essa paixão
Dealer
Foto extraída do google
Fantasma
ResponderEliminarPara onde vais , assim calado ,
de olhos hirtos , quieto e deitado ,
as mãos imóveis de cada lado ?
Tua longa barca desliza
por não sei que onda , límpida e lisa ,
sem leme , sem vela , sem brisa ...
Passas por mim na órbita imensa
de uma secreta indiferença ,
que qualquer pergunta dispensa .
Desapareces do lado oposto
E , então , com súbito desgosto ,
vejo que teu rosto é o meu rosto ,
e que vais levando contigo ,
pelo silêncioso perigo
dessa tua navegação ,
minha voz na tua garganta ,
e tanta cinza , tanta , tanta ,
de mim , sobre o teu coração !
( Cecília Meirelles )
Belo poema , meu amigo ...
Como sempre ...
Abraço