ESTADOS DE ALMA

A minha alma é rude como a de um pastor
Conhece o vento, o sol, a chuva e a neve
Percorre todas as estações do ano sem amor
Vou pedir que a minha morte seja leve

Não tenho desejos sonhos nem ambições
Pensar nisso atormenta-me a vida e o pensamento
Escrever o que sinto destroi e mata corações
Imaginar o que vou fazer magoa como a chuva e o frio
Trespassando o corpo com setas impelidas pelo vento
Vou terminar no fundo do mar de um poço ou num rio

Que me dera que eu fosse simples pó nos caminhos
E que os pés dos pobres me estivessem pisando
Que para onde vão voltam e vêm sózinhos
Tristes cansados magoados e silenciosos se arrastando

Porque o único sentido oculto de viver
É ele não terem sentido nenhum
Porque nascer crescer viver e morrer
Acontece a todos e não a qualquer um

Pois a morte, não deve ser a pior coisa da vida
O pior é o que morre dentro de nós enquanto estamos vivos
             
                 Dealer
Imagens e fotos extraídas do google